Curiosamente um dos hábitos mais prestigiados é a leitura de jornais. Supõe-se que, o indivíduo se torna culto ao ler freqüentemente gazetas e similares. Supõe-se que quem o pratica fica interado nos fatos importantes que ocorrem em todo o mundo, sendo capacitado para discutir então, sobre os assuntos.

Jornais e telejornais são os mais populares e acessíveis meios de comunicação a disposição da população, isto o torna popular. Não se duvida do poder que essas redes detêm. Seus nomes são famosos e seu alcance é massivo. E por ser massivo, leva grande credibilidade por parte das massas. Quem duvida do que está estampado em um jornal? Quem duvida do que o apresentador de TV transmite? Todavia, se tudo o que está publicado em um jornal representa a verdade, qualquer pessoa poderia ter escrito a respeito de um mesmo assunto e argumentado totalmente o contrário – todos iriam acreditar. Pois, é muito fácil apresentar um copo de água alegando que é cachaça.

Um texto bem redigido, com bom português, além de ótima aparência que a revista ou jornal apresenta, são alguns dos fatores desta cativação. A maior contribuição que permite que tal ocorra é a ignorância do povo.

Indubitavelmente esse emissor de informações desenvolve uma capacidade no leitor, uma capacidade de melhor escrever, de aumentar o vocabulário e melhorar sua ortografia. Em contrapartida, revela uma espetacular capacidade de repetir falsidades e idéias formadas alheias – como papagaios – sem, em boa parte dos casos, divagar e questionar a respeito.

Inevitavelmente, conclui-se que: televisões e jornais são prejudiciais à saúde mental.
 

* Obs.: Ver seção de Curtas nesta página.

 
Exemplo típico:

Recentemente foi publicada em Zero Hora (dia 29/03/98, pg. 24) o seguinte artigo: "Família Hussein é a cara de Saddam" – "...Saddam quis que Uday presenciasse como um grupo de disseidentes era torturado na prisão de Bagdá. Jamais se soube o que viu exatamente o pequeno Uday. Os métodos de tortura no Iraque são famosos: colocam as vítimas com as mãos atadas nas costas e as açoitam; introduzem agulhas elétricas na genitália; perfuram os ossos com brocas; dissolvem as extremidades dos torturados em bacias cheias de ácido.

Trata-se, talvez, da família mais atípica do mundo. Saddam e seus dois filhos, Uday e Qusay, mataram mais pessoas do que qualquer assassino em série estudados por psiquiatras forenses(...)".

  "Eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz"  Raul Seixas - Caubói fora da lei.

Quem opõe-se?

Eis uma notícia nojenta de discriminação, de ódio, de falsidade, cheia de veneno e inveja. Que tal investigar os métodos americanos e israelenses? Em Israel não é necessário, a tortura é vista nas ruas, o que falta é divulgação!

Tentam humilhar os árabes, difamá-los com o propósito de jogar o mundo contra os coitados e que fiquemos com o Sionismo, que é o caminho da salvação.

TODAVIA, POR QUE NÃO HÁ ARTIGOS SOBRE TORTURAS, EXTERMÍNIOS, VIOLÊNCIAS, CRIMES E HOLOCAUSTO POR PARTE DOS ESTADOS UNIDOS, ISRAEL E CIA???

O QUE EXISTE NOS BASTIDORES DESTES SINISTROS PAÍSES? NADA É REVELADO. O QUE SE EXPÕE É O TERROR DO DITADOR DE UMA REPÚBLICA ASIÁTICA, DE UM DITADORZINHO DO LONGÍNQUO PANAMÁ, CHILE, ROMÊNIA,... DO PERIGO COMUNISTA, DO MONSTRUOSO CASTRO, PINOCHET, NAPOLEÃO, DA CHINA TERRORISTA, DO BANDIDO SADDAM, DO CRIMINOSO AIATOLÁ KOMHEINI E SOLANO LÓPEZ, DO INFAME KADHAFI. HITLER, O CARRASCO NAZISTA, STALIN O ASSASSINO,... TODOS DEMÔNIOS.

CHURCHILL, ROOSEVELT, SIMON WIESENTHAL, BUSCH, HELMUT KOHL, CLINTON,... OS HERÓIS.

MESMO? NOS ESQUECEMOS DE HIROSCHIMA, NAGASAKI, DE UMA EUROPA (Alemanha) DEVASTADA, DO EXTERMÍNIO INDÍGENA EM SOLO AMERICANO, DAS GUERRAS DO VIETNÃ, CORÉIA DO NORTE, AFEGANISTÃO E AMÉRICA CENTRAL, DA COLONIZAÇÃO AFRICANA E DO HOLOCAUSTO NO LÍBANO??? SOMOS TODOS CEGOS, SURDOS E MUDOS???

O QUE FOR RUIM PARA OS EUA É BOM PARA O RESTO DO MUNDO.

MAIS SOBRE A IMPRENSA....

Trecho extraído do livro de João Meireles Câmara, "A estratégia da palavra" sobre oratória e eloqüência, e que contém a seguinte pérola...(pg. 13):

"Tudo o que tem sido feito até hoje sobre comunicação não leva a outro fim, senão à obediência cega à sociedade de consumo. Não se busca a humanização do homem, senão a sua total escravização. Escravização às máquinas, às ambições dos poderosos, escravização das idéias de uns à vontade de outros. A sociedade de consumo desumaniza os homens a cada dia que passa. Os programas de televisão, que representam hoje para o povo o que representava o circo para os romanos, são meios de deseducação, um ludíbrio de pessoas incautas, sempre com as raríssimas e respeitáveis exceções. Há até mesmo apresentadores que se especializaram em chorar no palco, numa máscara ridícula, numa demonstração de sentimentos pouco humanos, porque atrás das lágrimas está o interesse promocional, tudo isso numa gama de comunicação cantada e decantada. Criam fantasias, ilusões, frustrações, e no meio dessa engrenagem demolidora surgem alguns felizardos, que são a amostra para continuar a exploração do sentimento e mostrar o grau de incultura de um povo.

Falamos comunicação da sociedade de consumo, porque o contato entre as pessoas torna-se formal. Tudo o que se faz é no sentido de massificar as pessoas, de tirar-lhes a vontade de pensar. E assim surgem as propagandas mais absurdas, invadindo os lares, a literatura mais estapafúrdia, enchendo as livrarias, os disparates mais absurdos como ostentação pelas ruas num chamado "prafrentismo" sem sentido e sem nexo".

"Devemos buscar meios alternados de informações".